segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A dor minha de cada dia.

Que dor é essa que me segue desde sempre?
Que merda de dor é essa que não me serve de nada, nem de aprendizado?
Que dor vazia é essa que eu sinto aqui no meu peito?
Que tipo de dor dói tão silenciosamente, no meio da ventania e das folhas caídas?
Que dor é essa que nunca acaba?
Por que diabos tenho um coração, se nada nem ninguém o preenche?
Por que eu?

sábado, 24 de janeiro de 2009

make a wish.

Você ainda se lembra dos seus sonhos? Ainda tem vontade de realizar todos aqueles desejos impossíveis? Você ainda tem sensações estranhamente incríveis quando escuta aquela música e fecha seus olhos? Se a sua resposta for sim, então você sabe do que eu estou falando. Você conhece o tipo de vida que eu levo, a vida de esperar que essas coisas aconteçam. Muitos dizem que você precisa se levantar e ir à luta para que o seu sonho se torne realidade. Mas eu escolho ficar e esperar. Eu prefiro não me mover e deixar que a vida me mostre que eles não irão se realizar. Talvez porque eu, que já não sou mais tão criança, saiba que na verdade os sonhos só são bonitos dentro da nossa cabeça. Talvez porque o que eu queira não seja nada material e nem a felicidade das propagandas de TV. No fundo, acho que eu só queria sentir essa sensação de que tudo é possível o tempo todo. Mas eu só quero a sensação, eu não quero nada concreto. É estranho perceber que você parece ser a única pessoa no mundo que não consegue decidir o que quer, simplesmente porque não quer nada. E se eu conseguisse esse nada, eu já teria tudo. As sensações só são boas quando estão no plano bonito da imaginação. As muitas vezes em que vi meus desejos realizados, eles não pareciam muito bons pra mim. Eu queria, queria e queria; esperava, esperava e esperava; e quando finalmente acontecia, eu já não tinha certeza se era aquilo mesmo que eu queria. O que era tão bom na minha imaginação, tinha um outro aspecto quando virava realidade. Talvez o aspecto ruim seja esse mesmo, a realidade. Essa que é nua, crua e sem graça. A perturbadora realidade, que de tão real, chega a ser absurda. Eu queria um óculos colorido que me protegesse dessa tal vida real nossa de cada dia. Mais um desejo impossível e bonitinho, mas descartável. Só que, na real, a vida é isso aí mesmo: desejar. Alguns desejam, planejam, traçam metas e alcançam seus objetivos(é só comigo que isso acontece, ou vocês também tem nojo desse tipo de coisa quando lêem numa revista, livro de auto-ajuda ou ouvem de alguém? Bem, eu quase vomito. rs). Outros só desejam e não fazem nada. E outros, ainda, não sabem nem ao certo se ou o quê desejam, pois já sabem há muito tempo que nada nem ninguém poderá lhes oferecer o tão sonhado e suspirado objeto de desejo. Só o que eu sei é que meus desejos e sonhos são quase que totalmente abstratos, imperfeitos e impossíveis. E que só existe um lugar em que eles serão sempre possíveis e plenos. A essa altura, você já deve saber de cor. Bons sonhos.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Só um tempo triste

Eu nem acredito que eu ainda esteja aqui. Procurando muito, achando pouco, sabendo nada. É como se eu não coubesse em mim. A cada dia que passa, essa certeza vem à tona e me joga no chão bem devagar. E eu continuo esperando chegar o dia em que o chão será o último lugar em que vou estar. Ainda é cedo, mas eu sinto que já é tarde. É como se eu meu tempo tivesse terminado antes do fim. Na verdade, ele sequer começou. E isso, Deus sabe, é o mais triste. Que tempo será esse meu? O tempo que já está passando, esperando que eu o descubra. Mas isso só vai acontecer quando já for tarde demais. E, acredite, sempre é tarde demais.

Qualquer dia desses, eu...

Gostaria de poder dizer ao mundo que eu sou livre. Gostaria que as palavras que tanto rodeiam minha mente fossem cuspidas na cara de quem quer que fosse. Que os dias fossem todos diferentes. E que as noites fossem em qualquer lugar que não esse em que me encontro. Eu gostaria que as flores pudessem falar e que as letras tivessem cores. E que as emoções em preto, branco e cinza fossem extintas. Eu não gostaria de ter que dizer essas coisas, mas eu gostaria, principalmente, que meu corpo pudesse viver o que a minha alma anseia.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009