segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mas as pessoas da sala de jantar...

Não adianta reclamar. As coisas só acontecem quando tem que acontecer. E se tem que acontecer. Se preocupar demais com o futuro é perder o presente. Resmungar e amaldiçoar o tempo em que se vive é perder vida. Se você não procurar um jeito de ser feliz hoje, provavelmente você não será feliz hoje. Nem amanhã, nem em qualquer outro dia. Esqueça. Às vezes esquecer de algumas coisas é a receita da felicidade. Elas vão continuar independentemente de sua vontade. Então por que se consumir diante do incontrolável? Não se sinta tão culpado por não poder curar o mundo. E nem se sinta tão alegre pensando que você é muito diferente de tudo o que existe por aí. Você é o que você tem que ser aqui ou em qualquer lugar. As pessoas não vão te pedir desculpas por todas as coisas que elas supostamente fizeram de errado, mas você vai sobreviver. Não se sinta egoísta por querer que as coisas sejam boas pra você. Há apenas um tempo pra viver. Ninguém nunca saberá quando chegar o dia em que o amanhã não mais virá. Então, hoje, tente não ir dormir pensando em como foi, em como deveria ter sido e em como pode ser que aconteça. Apenas pense que hoje foi mais um dia em que você levantou da cama, saiu de casa e sobreviveu. Não é otimismo barato. É um jeito de tentar dormir querendo acordar no outro dia. Você pode não entender como isso pode ajudar alguém, ou como toda essa "cegueira" faz bem, mas quantas coisas você realmente entende nesta vida? É o que eu to tentando dizer. Não se prenda a essas coisas tão pequenas como "eu tenho razão" ou "por que?" ou ainda "não". Há tantas, tantas outras coisas, que palavras se tornam apenas palavras e você corre o risco de se tornar escravo delas, pra sempre. Fuja da covardia e de tudo mais que te impede de ver que não é uma cor, um pensamento, um dom ou uma religião que te separa de todo o resto. Caso não saiba, você também vai morrer. E aí, bem, já vai ser tarde demais pra tentar voltar atrás. Apenas viva. Sem arrogância, cinísmo, amargura, preconceito, ódio. Sem preocupações sobre como viver.

domingo, 5 de julho de 2009

i've seen this happen in other people's lives and now it's happening in mine

Eu tento, eu juro. Mas nada, absolutamente nada, é suficiente. É como se todas as tentativas frustradas me dessem apenas um aviso: desista! Mas surda que sou, ou cega como me encontro, eu simplesmente não consigo perceber. É assim desde que eu era bem menina. Ia até o meu limite, mas não bastava. Eu não sabia que uma coisa não compensava a outra. Eu tinha que ser boa em tudo. Acabei sendo ruim, muito ruim. Desprezível ao ponto de ser ignorada, pra sempre. As tolas esperanças sempre voltam de alguma forma. Me enchem e me esvaziam de uma vez só. E assim eu continuo, me afogando em pequenas poças de lembranças ruins, sufocando sempre que tento respirar. O que mata aos poucos não fortalece ninguém. E eu não sei se sobrevivo. Se eu pudesse voar pra bem longe de mim, talvez eu tivesse uma chance. Mas onde quer que eu esteja, aquilo também estará lá. Está impresso em mim como tatuagem. Pior, é meu DNA. Para minha eterna desgraça e frustração. Até quando?, eu pergunto. Enquanto eu viver, eu respondo. Eu sei que sempre me repito, mas até que ponto eu conseguiria mentir? É essa a realidade que eu conheço, a única. Até o dia de dizer adeus, é isso o que eu tento viver. E é de tudo isso também que eu tento me libertar.