sábado, 19 de dezembro de 2009

[...]

Final de ano. Fim de um ciclo. O velho dá lugar ao novo, que por sua vez, já nasce velho. As mesmas tradições, os mesmos ritos de passagem, a mesma história de mudança e tudo continua igual. Hoje eu tô cansada e amanhã também. Vai e não volta. Cansada demais até pra tentar explicar...até porque tudo o que eu tenho pra dizer é o mesmo que já foi dito antes. Não muda. E não acaba...ainda.

sábado, 21 de novembro de 2009

espaços em preto

Espaços entre linhas. Intervalo de horas. Vida vazia de dias. Tempo sem regras de contagem. Tudo passa, absolutamente. E o que volta, na verdade só copia o passado. Aquele tempo já se foi. Tudo agora é milimetricamente planejado. E até quando dá errado o erro já era esperado. Estranho passar batido na multidão de solidão. São pessoas de concreto que andam lá fora, esperando um novo jeito de se reinventar. E quando não há mais nada em suas vidas, elas buscam causas estranhas pra abraçar. O que importa é o movimento e quão rápido ele é. Se demora mais um tempo é porque não serve pra ninguém. E o novo já é velho, hoje e sempre e sempre mais. A busca de tudo aquilo que você não consegue verbalizar te leva a lugares impossíveis. Nossas angústias já tem destino certo. E o tal do livre-arbítrio é usado contra você. É você contra o que o mundo quer de você. São fantasmas cronológicos que te perseguem até quando o sol ainda é lua. E o centro do mundo ainda não dormiu. Nós somos. Não seremos e nem fomos, apenas somos por hoje e nada mais. Até quando se esconder atrás de fortalezas de pedra sem poder ser? Esperamos que até amanhã ou até breve, enquanto nosso medo nos consome. Até lá, as vidas ainda serão vazias de vida, as horas terão intervalos de solidão e as linhas continuarão tendo espaços imensos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Pobres Coitados

O passado. O presente e o futuro. O cheiro das pessoas, das lembranças e dos absurdos. Os dias utópicos que há muito povoam somente a sua cabeça. O mundo ao qual você se prende e não consegue enxergar que só existe para você. Os valores, as crenças e as esperanças tão sólidas quanto o vento. Mas se mesmo o vento pode levar consigo árvores de raízes tão profundas, por que então só suas fantasias são incapazes de movimentar sua vida? A resposta, é óbvio, não virá. Apenas como todas as outras, esta continuará no plano das coisas que jamais serão alcançadas. Frustração, raiva, angústia e solidão. As sensações sempre tão familiares é o que resta ao longo dos dias em que os sonhos não vem. Sozinho ou acompanhado, sempre só. Por alguns instantes a vida lhe parece realmente boa e a felicidade já se aproxima de algo que pode ser descrito como palpável. Mas ter não é essencial e o mais difícil é se convencer disso. Sentir e ser. Ser o que se sente. E não mais ter que ser o que se pede. Porque esse mundo não é meu nem seu. Ele é de quem quiser. Está abandonado e como órfão que é sente raiva. Ele não gosta de você e eu penso que você só retribui. Porque onde você se sente feliz é dentro de você mesmo, dentro do mundo ao qual você pertence. São os seus dias utópicos que te sustentam e fazem você sentir nojo da realidade toda vez que dá de cara com a janela. E assim, um dia após o outro, nos tornamos os pequenos habitantes individualistas e egocêntricos de um mundo que nos deixou órfãos desde que fizeram o mesmo com ele. Viva a terra de ninguém!

sábado, 5 de setembro de 2009

quanta coisa/ quanto nada

Não chega perto. E não tente entender. Compreensão é uma coisa que eu não quero mais. Além do que, você se perderia, eu sei que sim. Eu não consigo mais tentar explicar as coisas pra você ou pra qualquer outra pessoa. E, sinceramente, explicações não tem efeito algum. Elas deixam tudo mais sem graça. O que está feito, está feito. Não é que eu queira fugir das coisas...mas talvez eu queira mesmo. Só que não importa o que eu quero. Isso é muito pouco. Tudo o que acontece é algo muito maior. E não há nada que possa mudar. Mas o que quero dizer na verdade com isso tudo é que eu não aguento mais compreensão sem aceitação. Não adianta entender, tem que aceitar e pronto. Ou talvez não. Talvez você seja persistente, perseverante e outras coisas inúteis como essas. Mas chega, não dá mais pra ficar tentando explicar em vão. Cansei de falar pra ninguém ouvir. Por isso, não me pergunte mais. Sem sentido? Melhor assim.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

linhas

Se as pessoas pudessem parar de falar
E se a vida fosse um filme em preto e branco
Se os pensamentos pudessem parar de chegar
E se o tudo fosse o nada
E se o nada não existisse
E se hoje ou amanhã você morresse
Se descobrisse que ontem foi tarde demais
Se soubesse como tudo iria acabar
E se ainda não acabou
Como é que fica?
Não fica
Não ficou
Nem nunca foi
E se tudo fosse sempre assim?
Não seria vida
Seria sonho
E se fosse sonho
Seria pesadelo
E se você acordasse, ia querer voltar a dormir
E se nunca mais acordasse
Eu iria dormir também
E se nada disso importasse?
Eu não perguntaria à você

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mas as pessoas da sala de jantar...

Não adianta reclamar. As coisas só acontecem quando tem que acontecer. E se tem que acontecer. Se preocupar demais com o futuro é perder o presente. Resmungar e amaldiçoar o tempo em que se vive é perder vida. Se você não procurar um jeito de ser feliz hoje, provavelmente você não será feliz hoje. Nem amanhã, nem em qualquer outro dia. Esqueça. Às vezes esquecer de algumas coisas é a receita da felicidade. Elas vão continuar independentemente de sua vontade. Então por que se consumir diante do incontrolável? Não se sinta tão culpado por não poder curar o mundo. E nem se sinta tão alegre pensando que você é muito diferente de tudo o que existe por aí. Você é o que você tem que ser aqui ou em qualquer lugar. As pessoas não vão te pedir desculpas por todas as coisas que elas supostamente fizeram de errado, mas você vai sobreviver. Não se sinta egoísta por querer que as coisas sejam boas pra você. Há apenas um tempo pra viver. Ninguém nunca saberá quando chegar o dia em que o amanhã não mais virá. Então, hoje, tente não ir dormir pensando em como foi, em como deveria ter sido e em como pode ser que aconteça. Apenas pense que hoje foi mais um dia em que você levantou da cama, saiu de casa e sobreviveu. Não é otimismo barato. É um jeito de tentar dormir querendo acordar no outro dia. Você pode não entender como isso pode ajudar alguém, ou como toda essa "cegueira" faz bem, mas quantas coisas você realmente entende nesta vida? É o que eu to tentando dizer. Não se prenda a essas coisas tão pequenas como "eu tenho razão" ou "por que?" ou ainda "não". Há tantas, tantas outras coisas, que palavras se tornam apenas palavras e você corre o risco de se tornar escravo delas, pra sempre. Fuja da covardia e de tudo mais que te impede de ver que não é uma cor, um pensamento, um dom ou uma religião que te separa de todo o resto. Caso não saiba, você também vai morrer. E aí, bem, já vai ser tarde demais pra tentar voltar atrás. Apenas viva. Sem arrogância, cinísmo, amargura, preconceito, ódio. Sem preocupações sobre como viver.

domingo, 5 de julho de 2009

i've seen this happen in other people's lives and now it's happening in mine

Eu tento, eu juro. Mas nada, absolutamente nada, é suficiente. É como se todas as tentativas frustradas me dessem apenas um aviso: desista! Mas surda que sou, ou cega como me encontro, eu simplesmente não consigo perceber. É assim desde que eu era bem menina. Ia até o meu limite, mas não bastava. Eu não sabia que uma coisa não compensava a outra. Eu tinha que ser boa em tudo. Acabei sendo ruim, muito ruim. Desprezível ao ponto de ser ignorada, pra sempre. As tolas esperanças sempre voltam de alguma forma. Me enchem e me esvaziam de uma vez só. E assim eu continuo, me afogando em pequenas poças de lembranças ruins, sufocando sempre que tento respirar. O que mata aos poucos não fortalece ninguém. E eu não sei se sobrevivo. Se eu pudesse voar pra bem longe de mim, talvez eu tivesse uma chance. Mas onde quer que eu esteja, aquilo também estará lá. Está impresso em mim como tatuagem. Pior, é meu DNA. Para minha eterna desgraça e frustração. Até quando?, eu pergunto. Enquanto eu viver, eu respondo. Eu sei que sempre me repito, mas até que ponto eu conseguiria mentir? É essa a realidade que eu conheço, a única. Até o dia de dizer adeus, é isso o que eu tento viver. E é de tudo isso também que eu tento me libertar.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

nada especial

Tem uma hora em que não importa mais o quanto ou o por quê isso tudo é tão ruim. Você não pode mudar; aceitação. Então, você já não se importa mais com mudanças; comodismo. Daí, você tenta esquecer de todas essas palavras e percebe claramente que isso é a única coisa que te mantém vivo. Todo esse desespero, toda essa avidez, tudo o que você sempre amaldiçoou. Faz parte de você toda essa miséria. Nada especial. Toda essa falta de fôlego que você sente ao tentar ser normal, é disso que eu falo. E um dia você acorda e pensa 'que bom que eu sou diferente disso tudo'. Mas antes de dormir, você pensa secretamente 'por que eu sou diferente disso tudo?'. São coisas que ninguém sabe. Amaldiçoando ou amando, isso é tudo o que você tem, é tudo o que sabe sobre si mesmo. E apesar do peso das lágrimas e dos sorrisos forçados, é só isso que você quer e precisa ser para ser.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

something in the way

Quando você acorda e percebe que não há como se proteger de tudo o que está por vir e mesmo assim não se desespera. Agora você compreende que não há o que fazer e sabe que não vai estar tudo perdido quando acabar, porque simplesmente não acaba. Você sempre soube que as coisas não precisam de você e não é agora que isso vai mudar. Tudo continua infinitamente até que o infinito acabe de uma vez por todas. Mas não acaba e só. Acaba um, começa outro. Só que nada disso tem realmente importância porque acontece com todo mundo. É um triste começo de vida quando você sabe tudo, ou pelo menos acha que sabe. Mas não tem como descobrir isso tudo sem passar nada disso. Você se pega completamente jogado nessa roda gigante que não para de girar e logo fica enjoado de toda essa merda que está a sua volta. Tudo esse nada é o que você consegue ver, seja lá do alto, seja bem lá no fundo do poço. Isso faz sentido pra você? Porque pra mim parece que tanto faz. Dizem que quando você para de procurar, a resposta vem. Ora, então te enfiam nesse buraco/roda gigante/ inferno e te ensinam a procurar até morrer se for preciso, quando na verdade tudo o que você precisa só vem quando você não quer mais? Não passa de mais um dos milhões de jeito de dizerem o quanto você é inútil e miserável. E se você realmente acredita que as borboletas virão atrás de você, eles tem toda a razão. Enfim, foda-se. Não importa, realmente não importa. Tudo é apenas alguma coisa no caminho.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Somos quem podemos ser

Sozinho para sempre. Não é uma questão de escolha. É uma condição para existir. Ser único é ser sozinho. Ninguém entende o mundo como você e por isso tudo parece tão imperfeito. Não nascemos seres socias, apenas aprendemos a ser assim pra poder sobreviver. Sobrevida é tudo o que temos. Viver nossa capacidade na totalidade seria suicídio. Morrer assim pode parecer triste, ruim. Triste é sobreviver a abaixar a cabeça pra qualquer pessoa que pensa ser maior que você. A alma precisa de alimento. A mente quer. O corpo não aguenta. Então não ser é a saída pro fim um pouco mais distante. Aquele que vai ser triste pra você e mais ninguém. Porque ser sozinho é isso. Ser quem você é só pra você. Ser o que você pensa que é para os outros. Ser quem você deve ser pra existir.

sábado, 2 de maio de 2009

Nunca acaba

As sombras do dia não se escondem como deveria ser. Na janela não há um refúgio; nem no pensamento. As coisas caminham como elas tem que caminhar, fazendo o tempo passar e passar e passar. Você não deve saber o que é ter pessoas mortas-vivas dentro de casa, negando a própria vida, a felicidade e a tristeza. Mas elas não tem culpa de terem nascido com a alma tão pequena. Só enxergam o que seus pequenos olhos querem. Enquanto isso eu uso as mesmas roupas e troco de pensamentos. O que os ventos trazem ainda não é o que eu quero. E ainda nem consegui aprender a pegar as coisas no ar. Mas um dia, Deus sabe, eu boto minhas roupas naquela sacola e vou ver as outras árvores balançarem, bem longe daqui. Eu sei o que eu não quero e isso deveria me bastar. Só que todo o resto é muita coisa, por isso eu sou a mesma todos os dias, sempre querendo ser diferente. O que levam de mim é nada do que eu tenho. Ninguém nem sabe o que deve esperar de mim, só sabem o que eles veem e escutam. Mas não sabem, não sabem de nada. E eles ainda dizem: "eu só quero que você seja feliz" e eu respondo no silêncio que ser feliz é muito pouco pra tudo o que existe. E só querer isso já é muita coisa. Eles não deixam ir, nunca quiseram nada mais da vida. Mas desejam secretamente abandonar suas casas no meio da noite e nunca mais voltar. Então por que só eu estou errada?

terça-feira, 28 de abril de 2009

sexta-feira, 10 de abril de 2009

"Don't feel like home..."

Por quantas surpresas a gente tem que passar pra aprender a não se decepcionar quando as coisas não são do jeito que imaginamos? É quase impossível dar uma resposta positiva. Sempre temos uma esperança boba de que agora vai ser diferente, de que fulano é seu amigo ou de que beltrano é tão legal quanto parece ser. É uma babaquisse sem fim. Você sabe que a partir do momento em que está no mundo, você está sendo testado. Se não sabe deveria saber, porque é a mais pura verdade. Isso me faz lembrar uma música do Pearl Jam: "Nothing As It Seems". É, não são como meus poemas. Então eu não sei o que fazer com o que vem pela frente e nem com o que ficou pra trás. Errar é quase um vício. Eu bem que tento, mas não, não é dessa vez. Nunca é. Eu sempre digo "não vou mais tentar" e sim, eu tento de novo. Se eu não posso controlar nem minhas atitudes, que posso fazer em relação ao resto então? É continuar, continuar e ir seguindo. Mesmo que eu nunca me sinta em casa, porque nenhum lugar é minha casa. Nenhum.

domingo, 22 de março de 2009

As Besteiras de Verdade

Ah, quantas coisas podem se perder no caminho. São tantas curvas sinuosas e tão perigosas que o tropeço pode ser fatal. Não há como se desvencilhar da vida sem se machucar. Não dá pra evitar os sentimentos e simplesmente jogá-los fora como um sapato velho. E isso é a causa de quase todas as nossas angústias, mágoas e dores. A tortura maior é perceber o quanto o seu controle sobre vida é inútil. E quanta coisa pode ser perdida quando palavras tristes saem de uma boca amargurada. E pensar que um coração invejoso e triste pode acabar com a felicidade alheia. Não há jeito de se escapar dessas ciladas, mas tem como passar por todas elas e ainda assim ser vitorioso no final: mantendo seu coração verdadeiro.

domingo, 15 de março de 2009

Around Ourselves

Às vezes as lágrimas que caem sobre a janela só servem para limpá-las. E outras vezes é só você olhando o seu reflexo no espelho. O que não dá pra saber é se do outro lado é realmente melhor. E, se de fato existem lados, a escolha é a coisa mais cruel que existe. O tempo passa e passa rápido. Pelo que dizem, é preciso ter um objetivo a se alcançar. Mas e se não tiver? E se você simplesmente não souber? E se não quiser saber? O que há de mal em querer ser alheio à toda essa podridão espalhada pelo mundo? Já há podridão demais dentro de nós mesmos. Ser animal irracional hoje já não é uma escolha, é quase uma obrigação. Temos o direito e o dever de ficarmos calados diante de nossa própria queda. Somos tão meíocres que nem diante de coisas como o céu e seu magnífico pôr-do-sol conseguimos achar a resposta pra tanta destruição. Destruição do mundo, das pessoas, dos valores(e não estou me referindo a moralidade!); de nós mesmos. Será que não é alto demais o preço a pagar pelo dinheiro e todo o resto? E a intolerância. Ah, sempre ela. De onde tiramos a idéia de que tem que ser igual pra ser bom? São mais de 6 bilhões de corpos, mentes e almas diferentes circulando por aí e ainda assim não somos capazes de respeitar estas 6 bilhões de opiniões diferentes. Do que eu estou falando, afinal? Eu também não sei. Mas acho que, assim como eu, você entendeu. É o mundo, não como tem que ser, mas sim como ele é.

domingo, 8 de março de 2009

É...

Seu telefone não vai tocar amanhã pra te falar o quanto você é especial. E se o céu ainda estiver azul, é só mais um dia. Não, você não quer saber se é sério ou passageiro. Eu ainda consigo ver sua mochila tão cheia de coisas e mesmo assim você ainda é mais pesado. De dia, ou de noite; tanto faz. Eu só queria mesmo que você soubesse que nada, nada mesmo, é de verdade. E isso é tudo o que você precisa saber. Mas você não quer nem olhar pra trás. Podia ser bom, se fosse como tinha que ser. Mas é do jeito que é, e isso ninguém muda. Então o que poderia ser está apenas em nossas mentes. E o que é, está sendo disperdiçado. O que restou foi só o começo. Sim, você gosta disso e tem uma maneira muito peculiar de demonstrar. Agradeça aos seus fantasmas por te guiarem. A direção, tão perseguida por você há tempos atrás, agora se joga na sua frente e você nem consegue enxergar. Você é diferente. Não é bom; o que, inevitavelmente, se torna irresistível. Besteira, já chega! Eu, que tanto quis saber, agora nem sei mais...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Deixa pra lá...

Há tanta coisa pra se dizer e o único tempo que me resta é breve, muito breve. Não importa quanto tempo ainda me resta, sempre haverão mais coisas a serem ditas. O silêncio que vem do meu peito e sai da minha boca quando tento lhe falar é cruel. E o que me acontece quando olho pros seus olhos e os meus se enchem de lágrimas doloridas? Por que meu peito dói toda vez que você fala para mim? E aquela canção, lembra dela? É a lembrança mais doce que tenho de você. Eu sei que você jamais lerá isso, mas de algum modo queria que soubesse que o meu amor é mais forte que qualquer coisa que eu faça ou diga. Que é tanto o que tenho aqui no peito, que chego a explodir só de pensar que te fiz chorar algum dia. As coisas sempre foram assim entre nós dois. Eu sei que o que você não sabe é porque ninguém te ensinou. E sei também que sou egoísta, mas é só porque eu queria que tudo fosse diferente. Ninguém quer nascer pra ser o segundo plano. Ninguém se sente bem quando a alegria de sua chegada não pode curar todas as tristezas do passado. Sou tão mal agradecida que nem te dou um abraço, mas quando choro é tão forte que fazer carinho parece falsidade. Eu sinto muito, mas sou como você. Assim sendo, nunca saberá o quanto te amo. Apenas quando me ver chorando ao ouvir aquela canção.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Questão.(?)

"Tanta gente perdida. Tanta gente que pode andar e não sabe aonde ir. " Ouvi isso hoje e de alguma maneira me senti parte disso. Não lembro quem falou, mas isso não importa. "O que é isso?" é a pergunta que importa. Isso é comigo e com você apenas? Ou é com todo mundo? O que será que a gente tem que perder pra achar a resposta? Ninguém é culpado, embora todos adorem apontar seus dedos a todo instante. Acordar todos os dias e estar vivo não é o bastante, não pode ser. Mas o quê? Por quê? Pra quê? E até quando? A cada trecho de música - as que eu ouço, é claro - um pedaço da minha vida é descrito e decifrado pra depois virar mistério de novo. Porque as perguntas só trazem mais e mais perguntas, nunca respostas. Eu não tô sozinha. Eu sou sozinha e isso é difícil de entender. Mas é muito mais comum do que se pensa. Alguém fala, você pensa : "É verdade." mas no minuto seguinta você pensa de novo e não é mais verdade. E se ela, que é tão requisitada por nossos pensamentos e perguntas medíocres, se dá ao luxo de mudar a casa instante é porque não deve mesmo existir. Então pra onde ir se você não sabe o caminho, ou sabe e não entende por quê ele, ou entende mas não quer ir, ou quer mas não pode, ou pode mas...ou, ou, ou. Perdidos porque o mundo é a própria perdição. Só nos achamos em um lugar. Onde? Só você sabe.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

-

É só um jeito de seguir com a vida. Um dos milhares que existem. Não há controle sobre certas coisas. Mas há meios de fazer certas coisas não existirem. Mas esquece, é tudo uma porcaria mesmo. De qualquer maneira, escolha. O tempo, você já sabe, não perdoa.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

-

É tarde e muito cedo pra saber a verdade. E ainda que eu quisesse, ela estaria além da minha compreensão.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A dor minha de cada dia.

Que dor é essa que me segue desde sempre?
Que merda de dor é essa que não me serve de nada, nem de aprendizado?
Que dor vazia é essa que eu sinto aqui no meu peito?
Que tipo de dor dói tão silenciosamente, no meio da ventania e das folhas caídas?
Que dor é essa que nunca acaba?
Por que diabos tenho um coração, se nada nem ninguém o preenche?
Por que eu?

sábado, 24 de janeiro de 2009

make a wish.

Você ainda se lembra dos seus sonhos? Ainda tem vontade de realizar todos aqueles desejos impossíveis? Você ainda tem sensações estranhamente incríveis quando escuta aquela música e fecha seus olhos? Se a sua resposta for sim, então você sabe do que eu estou falando. Você conhece o tipo de vida que eu levo, a vida de esperar que essas coisas aconteçam. Muitos dizem que você precisa se levantar e ir à luta para que o seu sonho se torne realidade. Mas eu escolho ficar e esperar. Eu prefiro não me mover e deixar que a vida me mostre que eles não irão se realizar. Talvez porque eu, que já não sou mais tão criança, saiba que na verdade os sonhos só são bonitos dentro da nossa cabeça. Talvez porque o que eu queira não seja nada material e nem a felicidade das propagandas de TV. No fundo, acho que eu só queria sentir essa sensação de que tudo é possível o tempo todo. Mas eu só quero a sensação, eu não quero nada concreto. É estranho perceber que você parece ser a única pessoa no mundo que não consegue decidir o que quer, simplesmente porque não quer nada. E se eu conseguisse esse nada, eu já teria tudo. As sensações só são boas quando estão no plano bonito da imaginação. As muitas vezes em que vi meus desejos realizados, eles não pareciam muito bons pra mim. Eu queria, queria e queria; esperava, esperava e esperava; e quando finalmente acontecia, eu já não tinha certeza se era aquilo mesmo que eu queria. O que era tão bom na minha imaginação, tinha um outro aspecto quando virava realidade. Talvez o aspecto ruim seja esse mesmo, a realidade. Essa que é nua, crua e sem graça. A perturbadora realidade, que de tão real, chega a ser absurda. Eu queria um óculos colorido que me protegesse dessa tal vida real nossa de cada dia. Mais um desejo impossível e bonitinho, mas descartável. Só que, na real, a vida é isso aí mesmo: desejar. Alguns desejam, planejam, traçam metas e alcançam seus objetivos(é só comigo que isso acontece, ou vocês também tem nojo desse tipo de coisa quando lêem numa revista, livro de auto-ajuda ou ouvem de alguém? Bem, eu quase vomito. rs). Outros só desejam e não fazem nada. E outros, ainda, não sabem nem ao certo se ou o quê desejam, pois já sabem há muito tempo que nada nem ninguém poderá lhes oferecer o tão sonhado e suspirado objeto de desejo. Só o que eu sei é que meus desejos e sonhos são quase que totalmente abstratos, imperfeitos e impossíveis. E que só existe um lugar em que eles serão sempre possíveis e plenos. A essa altura, você já deve saber de cor. Bons sonhos.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Só um tempo triste

Eu nem acredito que eu ainda esteja aqui. Procurando muito, achando pouco, sabendo nada. É como se eu não coubesse em mim. A cada dia que passa, essa certeza vem à tona e me joga no chão bem devagar. E eu continuo esperando chegar o dia em que o chão será o último lugar em que vou estar. Ainda é cedo, mas eu sinto que já é tarde. É como se eu meu tempo tivesse terminado antes do fim. Na verdade, ele sequer começou. E isso, Deus sabe, é o mais triste. Que tempo será esse meu? O tempo que já está passando, esperando que eu o descubra. Mas isso só vai acontecer quando já for tarde demais. E, acredite, sempre é tarde demais.

Qualquer dia desses, eu...

Gostaria de poder dizer ao mundo que eu sou livre. Gostaria que as palavras que tanto rodeiam minha mente fossem cuspidas na cara de quem quer que fosse. Que os dias fossem todos diferentes. E que as noites fossem em qualquer lugar que não esse em que me encontro. Eu gostaria que as flores pudessem falar e que as letras tivessem cores. E que as emoções em preto, branco e cinza fossem extintas. Eu não gostaria de ter que dizer essas coisas, mas eu gostaria, principalmente, que meu corpo pudesse viver o que a minha alma anseia.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009