sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Deixa pra lá...

Há tanta coisa pra se dizer e o único tempo que me resta é breve, muito breve. Não importa quanto tempo ainda me resta, sempre haverão mais coisas a serem ditas. O silêncio que vem do meu peito e sai da minha boca quando tento lhe falar é cruel. E o que me acontece quando olho pros seus olhos e os meus se enchem de lágrimas doloridas? Por que meu peito dói toda vez que você fala para mim? E aquela canção, lembra dela? É a lembrança mais doce que tenho de você. Eu sei que você jamais lerá isso, mas de algum modo queria que soubesse que o meu amor é mais forte que qualquer coisa que eu faça ou diga. Que é tanto o que tenho aqui no peito, que chego a explodir só de pensar que te fiz chorar algum dia. As coisas sempre foram assim entre nós dois. Eu sei que o que você não sabe é porque ninguém te ensinou. E sei também que sou egoísta, mas é só porque eu queria que tudo fosse diferente. Ninguém quer nascer pra ser o segundo plano. Ninguém se sente bem quando a alegria de sua chegada não pode curar todas as tristezas do passado. Sou tão mal agradecida que nem te dou um abraço, mas quando choro é tão forte que fazer carinho parece falsidade. Eu sinto muito, mas sou como você. Assim sendo, nunca saberá o quanto te amo. Apenas quando me ver chorando ao ouvir aquela canção.

2 comentários:

  1. Não sei se você escreve ficção ou realidade.

    Mas é impossível não se identificar.

    Meus parabéns.

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  2. É realidade. Mas com algum exagero. Obrigado!

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