domingo, 14 de julho de 2013

Mais que ver, sentir. Mais que falar, ouvir. Fechar os olhos pro resto do mundo pra poder se enxergar. Quão raro é o seu tempo? E por quanto tempo vai durar? Acho que não será o bastante pra eu poder acreditar. Queria aceitar como é, sem questionar. Tentar não compreender o porquê, apenas receber o que vier e agradecer. Mas eu sou uma mente inquieta, de coração acuado e alma cansada. Ás vezes falta muito pouco pra eu jogar tudo pro alto, pra ter certeza de que na verdade nada me pertence. Nada nos pertence. Nós é que pertencemos a este mundo, onde permanecemos por um breve tempo entre o nascimento e a morte, chamado vida. E quando não somos mais úteis, somos descartados, tal e qual fazemos com o lixo nosso de cada dia. O que dói é a sensação de que somos essencialmente nada. Um bando de nadas em busca de tudo. Eu quero acreditar que no mundo do meu jeito, pois só assim é possível viver. Dizem que você precisa seguir algumas regras pra conviver, mas que outra perspectiva eu terei da vida se não a minha própria? Só posso responder pelas minhas experiências, pelas minhas vivências e sensações. Empatia sim, sempre. Mas ainda serei eu, respondendo pelo que sei. E, sabemos, não sei nada. Não sabemos e nunca saberemos. Hei de entender. Hei de aprender. Hei de aceitar. Hão de mudar. Hão de acordar. Hão de perceber. Há de perdoar-nos, pois não sabemos que estamos fazendo. São mais que reflexões as palavras que aqui eu sopro. É minh'alma refletida. Quando me abro, parto em pedaços que algum um dia há de recolher. E se não recolherem, que me varram pra bem longe, onde precisem de poeira. De poeira de estrela. Um lugar onde sonhar com o impossível seja permitido.

Um comentário:

  1. Sempre que eu leio oque você escreve,mais eu me identifico e te admiro ...

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