terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Sinais

Os sinais são os mais diversos. Teu corpo pede. Você nega. Tua cabeça e coração são um só nesse momento, em busca de, ao menos uma vez, desobedecer as regras sem sentido. As mãos tremem e os pensamentos seguem apenas um caminho. Você tenta se desviar e se esconder, mas os sinais não param nunca de se anunciar. É palpitação, é boca seca, os olhos se transportam de um lado para o outro tentando em vão achar uma saída. É você contra o mundo. E contra você mesmo. Não há uma parte sequer de seu corpo que não se arrepie ao ler aquelas palavras e revisitar pensamentos inacessíveis e proibidos. Uma onda de calor toma conta de você. E você sente que o ar de repente se tornou denso demais para que você possa respirar tranquilamente. Está ofegante. Quase se entrega quando se permite esvaziar a cabeça de todos os que são contra os seus desejos - e isso inclui você. É chegado o momento e não existe tempo pra pensar. É sim ou não. Você opta pelo caminho do meio. E sua entrega chega ao fim. Mais uma vez você não se respeitou. Mais uma vez foi invadido por questões alheias e sem importância real. Desistiu. Calou os sinais de teu corpo. Esfriou a mente e o coração. Mas eles voltam. Sempre voltam e você sabe disso. Vai dormir e torce para que da próxima vez seja diferente. Porque as coisas que foram nunca mais voltarão. Mas os sinais, esses não desistem, nunca.

Um comentário:

  1. Mtoooo bom cada uma
    das suas plaavras e argumentos
    amei o tema no qual vc colocou em questão de maneira sutil e delicada.
    Bjaummm amiga jornalista!!!

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